Segundo design, é necessário valorizar a criatividade e a experiência de uso de um móvel para entregar soluções para o cliente
Entre os dias 15 e 17 deste mês, aconteceu o 9º Congresso Nacional Moveleiro, em Arapongas (PR) e o tema inovação foi um dos destaques. Em decorrência do advento das novas tecnologias e as transformações comportamentais do consumidor do século XXI, as empresas do setor moveleiro, com especial atenção às indústrias, deparam-se com a necessidade de conceber não apenas novos produtos, mas também novos processos produtivos e formas de se conectar com seus clientes.
Pensando nessa demanda que a organização do 9º Congresso Nacional Moveleiro articulou especialistas para apresentarem suas perspectivas quanto à inovação no segmento. De acordo com o consultor de tecnologias em madeira e mobiliário do Senai, Nilson Violato, que participou diretamente na estruturação do cronograma do evento, as questões sobre inovação e novas tecnologias foram selecionadas pelos próprios participantes da edição anterior do congresso, em 2017.
Congresso Nacional Moveleiro ressalta tecnologias e os desafios da indústria
“No ano passado os participantes demonstraram grande interesse pela Indústria 4.0 e a comissão em 2018 fez o tratamento dessas informações, enfocando uma dicotomia muito presente em nossos tempos: o real convivendo com o virtual. Agora precisamos visualizar o que vem pela frente. A indústria moveleira precisa ser repensada diante destas transformações, e isso é uma questão cultural, de atitude, dos empresários. Estamos começando um século que veio de mudanças muito repentinas. Para nos adaptarmos, precisamos processar essas informações”, afirmou Violato.
O tema da inovação no Congresso Nacional Moveleiro ganhou corpo com a palestra “Tecnologia Disruptiva: Inovação na Indústria Tradicional”, ministrada pelo consultor de Design Marcos Batista, pelo especialista em marketing Hugo Santos e pelo empresário e investidor Benício José de Oliveira Filho. Batista enfatizou que as indústrias precisam valorizar a criatividade e a experiência de uso de um móvel como premissas básicas para alcançar vantagens competitivas no mercado.
“Trabalhamos com o conceito de Design Thinking, isto é, ter uma visão mais sistêmica do que é inovar e gerar experiências, desenvolver um mindset com foco na percepção das necessidades das pessoas, oferecendo soluções relevantes, originais e geradoras de valor. Por exemplo, pergunto-me, será que os móveis não podem ser flexíveis? Para um nômade digital, qual o sentido para ele comprar um armário embutido? Estamos hoje vivendo um minimalismo consciente, é importante estar atento a isso. Não se trata somente de vender móveis, mas principalmente soluções”, disse Batista.
Fonte: Revista Emóbile
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